sábado, 27 de setembro de 2008

DESPEDIDA

Por mim, e por vós,
e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.-
Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
.
Que procuras? - Tudo.
Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
.
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
CECÍLIA MEIRELES

domingo, 7 de setembro de 2008

Me rouba pra voce...

Quando menos esperar
Me leve onde ninguem
nos conheça ou
saibam nossos nomes
.
Vamos viver essa aventura
Nos entregar
nos braços da loucura
Olhar adiante e saber
.
Que nesse mundo de ilusão
Nós dois somos
a prova concreta
de que se pode amar
.
De que quando se quer
acontece
Me rouba pra você
Hoje
Amanhã
Sempre
(AD)

quando voce voltar

É sempre assim,
quando penso que você vai voltar.
Mas você nunca volta
e eu continuo aqui,
fantasiando
todos os dias que faltam
e que sobram
pra eu te ver de novo.
A única coisa errada nisso tudo
é que,
sendo a vida toda confusão,
as datas também se confundem
e eu deixo o tempo correr
toda a saudade do mundo,
enquanto eu te espero
num dia que nunca chega.
(AD)

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